De passagem pelo Brasil, três voluntárias da
Igreja da Suécia aproveitaram sua vinda à Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, para conhecer projetos que propõem uma
nova forma de usar os recursos e entender um pouco da realidade brasileira. A
Diaconia foi a organização escolhida pelas jovens por ser de origem cristã e
também por ter um trabalho importante na área do meio ambiente.
Uma das iniciativas visitadas foi o Centro de Comunicação e Juventudes (CCJ- Recife). O encontro foi realizado no dia 13 de junho, e as jovens voluntárias Sara Johannesson, Katarina Lundberg e Malin Olofsson conversaram sobre a exposição Eu Reciclo, e Você?, realizada em 2011, e a I Semana do Meio Ambiente, ocorrida no início deste mês. As suecas ficaram encantadas com as ações do CCJ-Recife. “Percebi que existem vários problemas em cada uma das realidades visitadas, seja no espaço urbano ou rural. As realidades são diferentes. Existe uma conexão desses problemas e acredito que a solução também está conectada”, analisou Johannesson.
Os jovens brasileiros também conversaram sobre o seu cotidiano. Em seus relatos, uma realidade violenta e o fato de que desde cedo conhecem a responsabilidade de trabalhar para aumentar a renda da família. Entretanto, os jovens não se abatem e também falam de conquistas, de aptidões e têm opiniões fortes e que deveriam ser ouvidas. “Acredito que o Brasil deve se impor sobre a questão do meio ambiente e não deixar que outros países decidam o que devemos ou não fazer. Temos condições para fazer isso”, opina a educanda de fotografia Daiane Santos de Lima. Malin Olofsson concorda com ela e acrescenta que muitos países que opinam sobre como o Brasil deve proceder em relação ao meio ambiente são incoerentes. “O país que defende que a Amazônia não seja derrubada é o mesmo país que compra soja do Brasil. É incoerente esse tipo de ação”, exemplifica Olofsson.
Mesmo com a barreira da língua, o que se viu naquela manhã foi uma conversa sincera e real entre jovens de realidades diferentes, mas que estão conectados pela vontade de mudar o mundo em que vivem. No final da manhã, o diálogo virou uma visita ao bairro de Peixinhos, Olinda e os as jovens percorreram ruas e vielas. O bairro pobre tem ruas em que o esgoto corre a céu aberto, e muitas não são asfaltadas. Por receber famílias pobres e de forma desordenada, possivelmente muitas casas do bairro não têm um saneamento digno e muitas delas são invadidas pelo Rio Beberibe quando este recebe as águas das chuvas.
O bairro de Peixinhos é apenas um, mas existem vários como esse e que abrigam jovens como Daiane. Todas essas comunidades precisam e devem ser vistas pela Rio+20. Nada mais verdadeiro do que promover desenvolvimento sustentável nos locais que mais precisam. “Existe uma divisão entre os países ricos e pobres, e durante a Rio+20 e provavelmente durante a Conferência haverá mais ricos que pobres. Vim da parte mais rica do mundo e acreditamos que seja importante levar a perspectiva dos mais pobres para a Rio+20”, afirmou a sueca Katarina Lundberg.
Uma das iniciativas visitadas foi o Centro de Comunicação e Juventudes (CCJ- Recife). O encontro foi realizado no dia 13 de junho, e as jovens voluntárias Sara Johannesson, Katarina Lundberg e Malin Olofsson conversaram sobre a exposição Eu Reciclo, e Você?, realizada em 2011, e a I Semana do Meio Ambiente, ocorrida no início deste mês. As suecas ficaram encantadas com as ações do CCJ-Recife. “Percebi que existem vários problemas em cada uma das realidades visitadas, seja no espaço urbano ou rural. As realidades são diferentes. Existe uma conexão desses problemas e acredito que a solução também está conectada”, analisou Johannesson.
Os jovens brasileiros também conversaram sobre o seu cotidiano. Em seus relatos, uma realidade violenta e o fato de que desde cedo conhecem a responsabilidade de trabalhar para aumentar a renda da família. Entretanto, os jovens não se abatem e também falam de conquistas, de aptidões e têm opiniões fortes e que deveriam ser ouvidas. “Acredito que o Brasil deve se impor sobre a questão do meio ambiente e não deixar que outros países decidam o que devemos ou não fazer. Temos condições para fazer isso”, opina a educanda de fotografia Daiane Santos de Lima. Malin Olofsson concorda com ela e acrescenta que muitos países que opinam sobre como o Brasil deve proceder em relação ao meio ambiente são incoerentes. “O país que defende que a Amazônia não seja derrubada é o mesmo país que compra soja do Brasil. É incoerente esse tipo de ação”, exemplifica Olofsson.
Mesmo com a barreira da língua, o que se viu naquela manhã foi uma conversa sincera e real entre jovens de realidades diferentes, mas que estão conectados pela vontade de mudar o mundo em que vivem. No final da manhã, o diálogo virou uma visita ao bairro de Peixinhos, Olinda e os as jovens percorreram ruas e vielas. O bairro pobre tem ruas em que o esgoto corre a céu aberto, e muitas não são asfaltadas. Por receber famílias pobres e de forma desordenada, possivelmente muitas casas do bairro não têm um saneamento digno e muitas delas são invadidas pelo Rio Beberibe quando este recebe as águas das chuvas.
O bairro de Peixinhos é apenas um, mas existem vários como esse e que abrigam jovens como Daiane. Todas essas comunidades precisam e devem ser vistas pela Rio+20. Nada mais verdadeiro do que promover desenvolvimento sustentável nos locais que mais precisam. “Existe uma divisão entre os países ricos e pobres, e durante a Rio+20 e provavelmente durante a Conferência haverá mais ricos que pobres. Vim da parte mais rica do mundo e acreditamos que seja importante levar a perspectiva dos mais pobres para a Rio+20”, afirmou a sueca Katarina Lundberg.
Fonte: diaconia.org.br