Zé de Cazuza
Nesta hora o peregrino
Muda a marcha do andar
Baixa um profundo pesar
Na alma do assassino
Na igreja um velho sino
Saúda a Virgem Maria
Uma mãe na moradia
Beija uma filha que
preza
Num casebre um velho
reza
Depois da morte do dia.
Manoel Filó
Numa cerca de aveloz
Depois do sol amparado
O vaga-lume assustado
Fica testando os faróis
Os pescadores de anzóis
Embocam na água fria
Ficam naquela agonia
Se uma piaba belisca
Termina roubando a isca
Depois da morte do dia.