O sopro da ventania
Torce a calda do novilho
O pelo de um gato preto
Começa a perder o brilho
Depois de ter se coçado
Num caco de torrar
milho.
Quando falta a
companheira
Na vida d'um passarinho
Ele busca um pau bem
alto
Para construir seu ninho
Devido ser menos triste
Para quem vive sozinho.
Da meia noite em diante
Ninguém mais sabe meu
giro
Eu começo gaguejando
Porém depois que me
inspiro
Tenho a grandeza do tato
De um cego jogando firo.
Manoel Filó