Buquê do mato tem cravo
Tem fulô de manacá
Tem talo de marmeleiro
Açucena e jatobá
E basta o vento assoprar
Uns dois dedinhos de vento
Que todo enxerimento
Quer nele se enfiar.
Vê-se farelo de beijo
Que esborra dos beijar
Lindosos brincos que brincam
De ser moça e namorar
Sagradice de desejo
Dexovê de qual o tipo...
Do tipo de nenhum tipo
Que se pode imaginar.
Tem um céu azul-profundo
Um pó de arroz a voar
Goodbye de mentirinha
Mode o orgulho quebrar
Blusa de xita no pelo
E três tufos de cabelo
Que loirejam qualquer mar.
Um bordado de caçola
Que ameiga o coração
O gráfico de um olhar
Num preto e branco em retrato
Se ver num buquê do mato
Do mato do meu sertão.
Jessier Quirino