Os professores das redes municipal e estadual de educação realizaram ontem assembleias e votaram indicativo de greve. Os do município já paralisam as atividades a partir da próxima segunda-feira (05), e os do Estado param próximo dia 14.
Os professores de Natal se reuniram na tarde de ontem. Eles exigem um aumento salarial de 22%. A proposta da Prefeitura, encaminhada pelo secretário de Educação Walter Fonseca é de 10% de reajuste, divididos em três meses (março, abril e maio). Os professores recusaram a proposta aprovaram indicativo de greve para a próxima segunda-feira. "Infelizmente o governo de Micarla não tem credibilidade nenhuma com a categoria", analisou a presidente do Sinte, Fátima Cardoso.
Já os professores estaduais se reuniram na manhã de ontem. O objetivo do anúncio da paralisação é pressionar o Governo do Estado a atender às reivindicações feitas. Os trabalhadores potiguares integrarão um movimento nacional que tem como objetivo exigir o cumprimento dos planos de carreira e da lei nacional do piso do magistério.
Na data programada para começar a greve, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte) organizará nova assembleia. Durante o encontro de ontem, os professores acusaram o Executivo de fechar o diálogo sobre a implantação e pagamento do plano de carreiras, o que os profissionais garantem que não está sendo cumprido. O objetivo da categoria é que o piso nacional dos professores, baseando na lei federal 11.738/08, seja implantado no Rio Grande do Norte.
Ainda segundo os professores, o objetivo é que o Governo do Estado abra o diálogo com a categoria nos próximos dias para que o indicativo de greve seja suspenso na assembleia do dia 14. Caso contrário, os professores cruzarão os braços. "O Governo mais uma vez deixou chegar nessa situação sem que houvesse um diálogo. Está havendo o descumprimento dos planos de carreira e do piso nacional", disse Fátima Cardoso, presidenta do Sinte/RN.
Segundo ela, não existe nenhuma discussão sobre os assuntos reivindicados pela categoria. "Não existe discussão sobre isso. O Governo fecha os olhos para o projeto de educação para o RN. As escolas estão sucateadas e há o aprofundamento na crise da educação", continuou Fátima Cardoso.
Fonte: Tribuna do Norte
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