Com o estabelecimento do quadro de seca no município, os agricultores das 130 comunidades rurais de Mossoró viram suas plantações definharem. Análise feita Gerência da Agricultura atesta que mais de 70% da safra deste ano foi perdida. Para minimizar os efeitos causados pela falta de chuva, será efetuado o pagamento Seguro-Safra a todos aqueles que se cadastraram no programa e quitaram os seus boletos.
De acordo com o gerente de Agricultura, Rondinelli Carlos, a previsão é que em junho ou julho os trabalhadores rurais comecem a receber o benefício do seguro.
"Diferente do ano passado, que os agricultores de nossa região tiveram uma boa colheita, o que pude verificar nas visitas às zonas rurais é que a seca se instaurou de forma igualitária nas comunidades, desta forma, aqueles que este ano participaram do projeto, isto é, 1.511 lavradores receberão o benefício do seguro. O pagamento será realizado em cinco parcelas de R$ 136, e ajudará ao homem do campo a exercer suas atividades de forma digna", disse Rondinelli.
Os agricultores que não aderiram ao Programa Seguro-Safra dentro do prazo estabelecido não serão prejudicados, pois a União anunciou que será pago um benefício de R$ 400,00 aos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.
Apesar dos benefícios concedidos pelo Seguro-Safra e a ajuda fornecida pela União, os agricultores dizem que o valor pago pelos programas é insuficiente para sanar todas as necessidades do homem do campo.
"Com as colheitas perdidas, teremos que comprar a ração dos animais. Além disso, teremos que conseguir fontes alternativas de renda para podermos sustentar nossas famílias. O valor pago pelos programas é pouco para ajudar aos agricultores a se manterem", disse o agricultor João da Silva.
O Seguro-Safra é um benefício concedido ao agricultor em caso de perda de mais de 50% da lavoura. Este ano o programa vai destinar para as comunidades rurais de Mossoró mais de R$ 1 milhão, para que os trabalhadores rurais superem os prejuízos decorrentes do período de seca.
As poucas chuvas prejudicaram as 130 comunidades e assentamentos de Mossoró, que tiveram suas safras perdidas. Devido às chuvas irregulares na região, os agricultores que se aventuraram em plantar culturas longas, ou seja, que precisam de mais tempo para ser colhidas, como é o caso do milho, amargam sérios prejuízos.
Além da perda da lavoura, os agricultores também estão preocupados com a criação, uma vez que a escassez de água tende a afetar o gado, acarretando a falta de comida e de água para os animais.
Fonte: O Mossoroense