“É difícil para o agricultor lá em nosso município já que para que o agricultor participe dos programas do governo, todo ele tem que ter a DAP, senão ele não é inserido no programa do governo; inclusive isso é minha casa, minha vida, é todos os programas do governo: se é pra vender ao PNAE, se é pra vender ao PAA tem que ter uma DAP(declaração de Aptidão ao Pronaf”.
O argumento é do agricultor pescador e parlamentar, residente no município de Caraúbas, Pedro Correia Neves(foto), ao dialogar com Stúdio Rural e ao participar do Programa Universo Rural da Rádio Bonsucesso de Pombal, na última quinta-feira(08) e do Programa Domingo Rural(11/03) da Rádio Serrana de Araruna em conexão com as emissoras parceiras e afirmar que a Emater local não tem funcionamento naquele município o que vem causando fortes prejuízos aos agricultores daquele município caririzeiro.Por falta de um técnico e funcionamento do escritório da Emater local, ele citou como exemplo a realidade dos pescadores daquele município que, quando precisam de elaborar um projeto, têm que contratar um técnico particular para a elaboração do trabalho para que os empreendedores tenham acesso aos programas de investimentos dos governos federal, estadual dentre outros. “O governo disponibiliza o dinheiro, o dinheiro está lá sobrando, só que o município não tem um técnico pra fazer esse projeto nem informar as pessoas de como chegar até esse projeto. Ou nós temos um técnico pagando a ele 3% de cada projeto e não pode ser tirado do projeto, tem que ser da entidade onde ela tem que ter capital de giro pra manter e outra coisa preocupante é que nós temos o produto pra vender, está faltando incentivo do governo para produzir mais, porque uma coisa que o governo não faz no setor pesqueiro é o povoamento dos açudes”, lamenta aquela liderança dizendo que se nada for feito, o processo de prejuízo perdurará na economia daquele município.Ao dialogar com Stúdio Rural, Pedro Neves disse que a falta de funcionamento da Emater tem feito com que a realidade do agricultor fique cada vez mais complicada já que certa vez foi utilizado o trabalho de um técnico de um município vizinho para a questão do garantia Safra e por falta das informações precisas o município foi dado como município com ganho de safra quando as perdas foram superiores aos 50%. “Para o agricultor é difícil. Tem um técnico que era pra vir trabalhar um dia por semana no município, e esse técnico faz cinco ou seis meses que não vem. Pra você ter idéia, o técnico parece-me que era do município do Congo e veio lá pra dar um parecer sobre o Seguro Safra, ele deu um parecer que Caraúbas teve um lucro de 70%, não perdeu, lucrou 70%, então Caraúbas perdeu o Seguro Safra”, explica e lamenta aquela liderança dizendo que a falta de vivência e conhecimento local do técnico faz com que o que é ruim fique pior.José Sales Alves Wanderley Júnior, ao dialogar com Stúdio Rural, disse que recentemente o governo paraibano fez cortes no quadro de pessoal fazendo devolução de funcionários que prestavam serviços à Emater o que reduziu a capacidade de trabalho por parte da extensão paraibana. “Nós, no início de 2011, tivemos nossa força de trabalho reduzida em mais de 40% com a devolução de alguns servidores que não eram do quadro da empresa, essa recomposição está sendo feita aos poucos, nós esperamos que logo, logo o governo do estado sinalize uma recomposição da força de trabalho através de um concurso público ou até mesmo sinalize alguma contratação temporária de profissionais da área, mas o esforço nosso enquanto diretoria é pra atender os municípios que não têm técnicos com os municípios circunvizinhos dando atendimento esporádico de um ou dois dias como suporte aos municípios e esperamos também que as lideranças desses municípios questionem, busquem, nos comuniquem pra construirmos alternativas, soluções que possam resolver esse problema de forma conjunta” propõe aquele coordenador.Ao dialogar com os ouvintes dos programas Domingo Rural e Universo Rural, Júnior Sales explicou que o Governo Federal tem feito grandes e importantes investimentos na extensão paraibana e garante que um dos fatores limitantes é que a empresa conta com um quadro de elevado número de funcionários, o que tem, também, limitado a capacidade de operação. “A política nacional de assistência técnica tem sido a principal dinamizadora da reestruturação da empresa, é tanto que de 2006 prá cá nós temos tido a entrada de mais de 200 profissionais, recebemos 190 veículos novos entre motos e carros, computadores, muita capacitação, agora pelo fato positivo e ao mesmo tempo negativo, positivo de sermos uma empresa pública e termos muitos profissionais com um corpo técnico considerável, de estarmos presentes em todo o estado; negativo pela estrutura ser grande”, argumenta.Paulo Medeiros Barreto é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra de Santana e componente do Fórum do Cariri Oriental, participou do Programa Domingo Rural e disse que a situação é preocupante já que o desenvolvimento regional vem a partir da aplicação das tecnologias adaptáveis a região semiárida e, com a função que tem a exercer a Emater no processo de extensão de conhecimentos e em razão da deficiência do quadro de pessoal e de funcionamento de escritórios, fica comprometido o desenvolvimento da agricultura familiar e garante que o governo federal tem colocado vultosos recursos na extensão paraibana. “Um exemplo é Barra de Santana que não temos preocupação com a questão de automóvel que foi encaminhado um carro pra Barra de Santana e uma moto, mas falta pessoal. O Governo Federal faz sua parte investindo, o Governo do Estado ele tem que fazer a parte dele com o pessoal porque eu acho que é a única coisa que está sobrando para o governo do estado é contratar o pessoal e não está tendo”, explica dizendo que Barra de Santana conta com cerca de 349 quilômetros quadrados, com mais de 6 mil habitantes na zona rural e tem apenas um técnico que mesmo com excelente habilidade não tem tido condições de atender a demanda. “Aqui em Barra de Santana quando o técnico sai o escritório fica fechado um dia ou dois, enquanto ele não volta o escritório fica fechado, então temos que cobrar do governo que ele realmente invista, o governo faça o investimento do governo do estado porque o governo federal tenho certeza que ele está fazendo a parte dele”, explica Medeiros Barreto.Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
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