Quando o Brasil todo comemora o Centenário de Gonzagão, Paraíba e
Pernambuco não deixa despercebido os 25 anos da morte de Zé Marcolino, que
assim como, Zé Dantas, Humberto Teixeira e João Silva, foi um grande e
importante parceiro de Luiz Gonzaga.
Para homenagear esse paraibano de
nascimento e pernambucano de adoção, será realizado um show no ‘Espaço Cultural
Estação Cabo Branco’ na cidade João Pessoa, com capacidade para 500 pessoas.
O show será de Bira Marcolino
(poeta e cantor paraibano) filho de Zé Marcolino que reside na cidade de Serra
Talhada. Haverá ainda a participação de 8 artistas que moram em cidades
paraibanas e pernambucanas que se identificam com os ritmos nordestinos e mais
ainda com a poesia e a arte do poeta de Sumé, Zé Marcolino.
Nesse show, será realizada a
gravação de um DVD e um CD, que renderão inicialmente 1.000 cópias.
A gravação desse show permitirá que
cada vez mais sua obra seja imortalizada.
Diante de uma famigerada influência
que os meios de comunicação estão dando a outros gêneros da música, corremos o
risco das novas e futuras gerações não terem acesso a este estilo de música que
foi deixado por este genial artista do nosso verdadeiro FORRÓ.
Esse projeto é de grande
importância, pois resgata obras de Zé Marcolino, e assim, participa do processo
de democratização da cultura, pois permite que os artistas e o público
interajam e tenham maior proximidade com as músicas desse poeta que tanto
influenciou a musicalidade da Paraíba e de Pernambuco.
O show será realizado no dia 14 de
Setembro de 2012, em uma sexta-feira às 21h.
Artistas convidados:
Flávio José – Conterrâneo de Zé Marcolino;
Antonio Barros e Cecéu – Casal compositor e conterrâneo do homenageado;
Pinto do Acordeon – Compositor e conterrâneo;
Dominguinhos – Músico, compositor e cantor gravou músicas de Zé Marcolino;
Bebé de Natércio – Compositor paraibano;
Santana – Cantor de várias músicas de composição de Zé Marcolino;
Irah Caldeira – Cantora e compositora, gravou e interpretou várias músicas de Zé Marcolino, chegando a gravar, inclusive, uma obra inédita de Zé;
Maciel Melo – Compositor, parente e discípulo de Marcolino;
Chico César – Gestor, compositor, cantor, e conterrâneo;
Assisão – Compositor, cantor e amigo de Zé Marcolino;
Bira Delgado – Cantor, e amigo da família Marcolino;
Antonio Barros e Cecéu – Casal compositor e conterrâneo do homenageado;
Pinto do Acordeon – Compositor e conterrâneo;
Dominguinhos – Músico, compositor e cantor gravou músicas de Zé Marcolino;
Bebé de Natércio – Compositor paraibano;
Santana – Cantor de várias músicas de composição de Zé Marcolino;
Irah Caldeira – Cantora e compositora, gravou e interpretou várias músicas de Zé Marcolino, chegando a gravar, inclusive, uma obra inédita de Zé;
Maciel Melo – Compositor, parente e discípulo de Marcolino;
Chico César – Gestor, compositor, cantor, e conterrâneo;
Assisão – Compositor, cantor e amigo de Zé Marcolino;
Bira Delgado – Cantor, e amigo da família Marcolino;
O Projeto / Justificativa
No dia 20 de setembro de 1987 a
obra de José Marcolino Alves (Zé Marcolino) era imortalizada com o luto de três
dias decretado pelo prefeito de Serra Talhada, por ocasião da morte do poeta.
Nasceu em Sumé, na Paraíba, berço
da poesia do Pajeú e do Cariri nordestino.
Veio à luz no dia 28 de junho de
1930.
Em 1961 conhece Luiz Gonzaga (do
Exu/PE) em Sumé, na Paraíba. Foi o início de uma grande e frutífera parceria.
Cantou no Piancó, Pássaro Carão e Serrote Agudo.
Gonzagão tratou de levá-lo para o
Rio de Janeiro. Na temporada, o Velho Lula gravou o disco Véio Macho, com seis
músicas de Marcolino. No LP A Triste Partida, Luiz Gonzaga gravou Cacimba Nova,
Maribondo, Numa Sala de Reboco e Cantiga de Vem-vem.
Zé Marcolino retorna para a
Paraíba, onde fica no município de Prata até 1973. Foi para Juazeiro da Bahia e
ficou até 1976, quando foi para Serra Talhada de vez.
Inteligente, bem-humorado,
observador, Marcolino tinha os versos nas veias como a caatinga do Sertão. Não
fazia por dinheiro ou reconhecimento, mas porque aquilo revelava o que sua alma
podia transformar em arte, em poesia.
Pai cearense e mãe paraibana, Zé
Marcolino casou com Maria do Carmo Alves no dia 30 de janeiro de 1951 com quem
teve sete filhos.
Mais de 50 músicas de sua autoria
foram gravadas por Luiz Gonzaga e diversos outros cantores. Sua simplicidade
era peculiar.
Indagado numa entrevista no Rio de
Janeiro "se pretendia ser apenas compositor", Zé Marcolino comentou
tímido: "Seu Luiz Gonzaga, na vinda aqui para o Rio, apresentou-me como
cantor em Paulo Afonso (BA). Quer que eu cante aqui também. Vou ver se tenho
coragem para isso". José Marcolino, com sua linguagem simples, falou sobre
suas atividades em Sumé (PB), como vaqueiro, pedreiro, barbeiro e compositor. A
saudade do Sertão o fez voltar para o pé de serra onde deixou ficar seu
coração. Até hoje, intelectuais, magistrados, promotores, advogados,
jornalistas, músicos e literatos reverenciam José Marcolino Alves.
Cariri Ligado