Meia-noite acordo, numa ânsia imensa,
Meu coração palpita desvairado;
Sinto o cérebro todo iluminado
E a sensação que deixa alma suspensa.
O voraz lobo da poesia intensa
Deixa todo o meu corpo extasiado,
Lambendo a pele do meu peito alado
Cravando os dentes da sensação densa.
Desvairado, meu peito sente um susto!
Surgem mil versos sobre meu arbusto,
Arrancando os galhos da consciência.
Dilacerado, como uma frágil presa,
Sinto a poesia pulsando a natureza,
Rasgando a carne da minha existência.
( À Petrucia Nóbrega)