
Eu muito admiro o poeta da praça,
que passa dois anos fazendo um soneto,
depois de três meses acaba um quarteto,
com todo esse tempo inda fica sem graça.
Com tinta e papel o esboço ele traça,
contando nos dedos pra metrificar,
que noites de sono ele perde a estudar,
pra no fim mostrar tão minguado produto,
pois desses eu faço dois, três, num minuto,
cantando galope na beira do mar.
que passa dois anos fazendo um soneto,
depois de três meses acaba um quarteto,
com todo esse tempo inda fica sem graça.
Com tinta e papel o esboço ele traça,
contando nos dedos pra metrificar,
que noites de sono ele perde a estudar,
pra no fim mostrar tão minguado produto,
pois desses eu faço dois, três, num minuto,
cantando galope na beira do mar.