As borboletas procuram as flores,
E estas, por sua vez, ficam felizes
Co’o sobrevoo que os vários matizes
Fazem sobre elas sem quaisquer
pudores.
E quando tu mostras os teus primores
Às borboletas de belos matizes,
Elas deixam profundas cicatrizes
Nas pétalas das enciumadas flores
Que veem em ti a única rival
Capaz de roubar-lhes o ritual
Encantador das asas multicores...
E as borboletas, sabendo disso,
Fazem um pacto, selam compromisso
De serem só teus seus voos sedutores.