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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Campanha contra a cisterna de plástico ganha força no Semiárido

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Caraúbas, no Rio Grande do Norte, é o mais novo município a dizer “não” às cisternas de plástico/PVC. A localidade, beneficiada pelo Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), reforça o coro formado por outros municípios, associações e organizações não governamentais, entre elas a Diaconia, em defesa da construção de cisternas de placa nas propriedades das famílias agricultoras. “Além de mais caras, as cisternas de PVC armazenam um volume menor de água e são menos resistentes, tornando-se lixo plástico no meio ambiente”, explica o coordenador da Unidade Territorial da Diaconia em Umarizal, Leonardo Freitas.

Desenvolvido em parceria com o Governo Federal – Ministério do Desenvolvimento Social, o P1MC é uma das ações do Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semiárido da ASA. O objetivo é beneficiar cerca de cinco milhões de pessoas em toda Região com água potável para beber e cozinhar, através das cisternas de placas. “No entanto, o Ministério da Integração Nacional, no afã de universalizar o acesso à água e atender a metas do `Água para Todos`, licitou a compra de cisternas de PVC a uma empresa multinacional. Afora a questão do custo benefício, a decisão também interrompe o processo pedagógico realizado pela ASA junto às comunidades beneficiadas pelo programa”, pontua Freitas.

Ainda de acordo com o coordenador, não se sabe ao certo quantas cisternas de plástico foram adquiridas pelo Governo Federal. “Fala-se em 300 mil unidades, mas não existe um dado oficial. Sabemos que, devido à pressão da sociedade e à campanha que a ASA encampou, esse número deve diminuir consideravelmente, uma vez que os municípios e a sociedade estão sensibilizados e cientes desse absurdo”, observa.  

Campanha - A ASA vem desenvolvendo uma campanha no Semiárido para incentivar que os municípios rejeitem as cisternas de PVC. A decisão de aceitar ou não a instalação das cisternas é do gestor municipal. Em Caraúbas, após reunião com 42 beneficiários das cisternas e representantes de diversas entidades, entre elas a Diaconia, o prefeito local se comprometeu a enviar um ofício à Fundação Nacional de Saúde (Funasa), afirmando que não receberá as cisternas de PVC no município. 

Debate - No próximo dia 23, será realizado um seminário na localidade para falar sobre as cisternas de PVC, com a participação de lideranças comunitárias locais e regionais, imprensa, prefeitos, integrantes de ONGs parceiras e outros. A Diaconia estará presente como expositora dos prejuízos trazidos pelas cisternas de PVC e em defesa da continuidade das cisternas de placas para todo o Semiárido.

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